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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A destruição da cidade



Existem muitos modos da cidade ser destruída, podemos pensar somente no ataque externo, por outra cidade, mas a pior destruição (Zerstörung) é a interna, quando ela se encontra destruída inadvertidamente sem se perceber disto, a anarquia que instaurada dentro das partes da alma ocasiona este conflito e está translúcida decadência (Niedergang) da mesma. O exemplo de Platão é bem claro, quando dentro da cidade os homens não se utilizam de acordo com sua natureza, e as tentativas de mudança de classe ocorrem, como o guerreiro deseja passar para a dos guardiões, sendo indigno disso. Dessa forma este é um dos maiores males que a cidade pode ter como doença em sua organização, e os guardiões não se apercebem deste acontecimento.
"Logo, a confusão dessas três classes uma para as outras, seria o maior prejuízo para a cidade e com razão se poderia classificar de o maior dos danos." ( 434-c )
Este por conseguinte é o que é chamado de injustiça, podemos analisar isto, esta troca, por falta de merecimento o maior ponto a ser vigiado pelos guardiões. O importante nesta vigilância não é a destruição da cidade em si, pois sabemos que sendo o indivíduo tão parte da cidade como ela é para com ele, temos nesse momento a destruição dos indivíduos junto com toda a cidade, da mesma forma que a temperança não é outra coisa senão parte da cidade quanto do indivíduo, e a injustiça sendo instaurada é inevitável (unabwendbar) que a cidade decaia de forma completa, e não apenas individualmente.
"Na verdade, a justiça era qualquer coisa desse gênero, ao que parece, exceto que não diz respeito à atividade externa do homem mas à interna, aquilo que é verdadeiramente ele e o que lhe pertence." ( 443-d )
O esquecimento desta máxima, quando os indivíduos partem a procurar apenas a parte externa é que ocorre a destruição interna. Algo importante a ser explicitado e que tem relação a está cidade, é o fator que a cidade se encontrando destruída, não se pode pensar em uma alienação interna que a impeça de que estrangeiros a invadam, mesmo com resistência, com intuito de a construir novamente, e faze-la Una novamente, ora se neste momento podemos pensar que a entrada de estrangeiros seria benéfica neste caso, temos a questão dos sofistas, se é bom ou mal a entrada de estrangeiros (Ausländer) na cidade, neste caso é totalmente coerente e aceitável a entrada dos mesmos na cidade se a busca for a reconstrução, não devemos esquecer que a cidade destruída não é nada mais do que destruída e injusta, logo, se contiver inúmeros estrangeiros injustos, de nada a modificará, devido a isso é considerado os estrangeiros que adentram após ela se encontrar em total anarquia, e por isso que é eticamente correto o não fechamento da cidade.
"E se afirmássemos que descobrimos o que era justo, homem ou cidade, e o que era a justiça, e o que é realmente neles, não pareceria, julgo eu, que estávamos de todo enganados." ( 444-a )
Possuindo os termos que levam à injustiça, como: intriga, ingerência, sublevação de uma parte contra o todo, e não podemos esquecer a riqueza e a preguiça desmedidamente infiltrada na cidade, temos a derrocada da mesma, a ponto de que podemos dizer que a falta de coragem de grupos dentro da cidade e principalmente to pulso fraco dos guardiões é que conduzem a massa toda a destruição e a dominação por parte de externos, quando do mesmo modo cessa-se o cuidado do bem interno (inner) para buscar o bem externo (äußrlich) que passa a ser um mal quando este se apercebe da impossibilidade da mesma ser Una novamente por si só.
"Direi que uma das formas de constituição que nós analisamos será una, embora possa designar-se de dois modos: efetivamente, se surgir entre os governantes um homem só que se destaque, chamar-se-á monarquia; se forem mais, aristocracia." ( 445-e ).
Aqui Platão ao finalizar o livro IV da república, expõe que existem cinco formas de constituições e logo cinco de almas, se adentrarmos a este pensamento, perceberemos que existem muitos mais espécies de almas, do que apenas estas, cinco. De todo modo, o importante é adequar de forma coerente essas formas de almas às leis da cidade, se estas estiverem agindo de forma virtuosa, justa, e seguindo as leis cabais e de suma importância da cidade, a mesma fará parte dele como ele dela, e nasce a impossibilidade da destruição da cidade, e isto, desde que a cidade possua educação e instrução (Anleitung).

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cores do Sol



O Sol muda de cor por causa da atmosfera
Por que o Sol muda de cor durante o dia?
?Por que o Sol muda de cor durante o dia?

!A luz solar não é amarela nem vermelha, é branca. O branco resulta da soma das sete cores do arco-íris o violeta, o azul, o anil, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. Nós enxergamos o Sol com tonalidades diferentes, ao longo de um dia, porque a atmosfera filtra os seus raios, separando as cores. A nossa percepção do Sol muda por causa das irregularidades na camada de ar que envolve a Terra e pela distância que a luz percorre na atmosfera, explica o físico Henrique Fleming, da Universidade de São Paulo. Existem partículas de poeira, poluição e gotículas d'água infiltradas entre as moléculas de gás que compõem a atmosfera. Quando o Sol está alto, as cores formadas por ondas de maior amplitude contornam essas partículas e as moléculas. Mas as menores (o violeta, o azul e o anil) não conseguem se desviar e trombam, espalhando-se. Com isso, tingem o céu de azul e o Sol fica amarelo, que é a soma das cores restantes: o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. À medida que o Sol vai se pondo, seus raios têm que atravessar um pedaço maior da atmosfera, colidindo com mais obstáculos. Afinal, no crepúsculo, até as ondas longas, laranja e vermelho, acabam trombando e se desviando, avermelhando gradativamente o horizonte (embora o resto do céu continue azul). A vermelha é a última onda de luz que consegue cruzar a atmosfera e nos atingir, por isso o astro-rei fica vermelho no pôr-do-sol. Por fim, o céu fica preto com a ausência de luz: não chega mais nenhuma cor e nem se vê mais nenhum espalhamento, pois o Sol está abaixo do horizonte.


Entenda como o ângulo entre a luz do Sol e a Terra muda a cor do céu e do Sol.
A luz branca do Sol é composta de todas as cores.

Ao meio-dia, a luz do Sol atravessa um trecho menor de atmosfera. O violeta, o azul e o anil se espalham pelo céu e os raios solares chegam amarelos aos nossos olhos.

No final da tarde, a luz entra inclinada e passa por um longo pedaço de atmosfera, trombando nas partículas. O verde e o amarelo também se espalham, e só o laranja e o vermelho chegam aos nossos olhos.

1 - Ondas compridas de luz, como o vermelho, contornam os obstáculos sem dificuldades.

2 - Ondas curtas, violetas, anis e azuis, batem e se espalham pelo céu, pintando-o. O Sol é amarelo porque essa cor é a mistura das ondas longas que chegam: verde, amarelo, laranja e vermelho.